Olá.
Venho partilhar a minha história. De certeza que haverá outras pessoas na mesma situação que eu. Também eu já em tempos li outros testemunhos para perceber que não estava sozinha, que não era única.
Estou casada à quase 6 anos e sempre tivemos um plano de vida muito definido: emprego, casa, casar e filhos. Tudo bem até aqui. Qd arranjei emprego estável,compramos casa, programamos casamento e depois começamos a pensar em filhos. Já estava com 30 anos. Nada mais errado.
Depois de estarmos a tentar e nada, fomos ao médico de família, que disse que tínhamos Q esperar 2 anos. Não satisfeitos fomos a ginecologistas privadas (sim, foram várias) em que ouvimos de tudo, desde algumas muitas estúpidas que por causa do meu peso disseram que não havia nada a fazer ou algumas que diziam que isso não era o mais importante, tinha que esperar dois anos. Sim, é certo, tenho excesso de peso tb. Ao fim de mais de dois anos, voltamos ao médico de família que encaminhou para a Maternidade. Agora era esperar. Mas o médico, muito atento que é, prescreveu logo uns exames: ecografia, espermograma,... Tudo normal. Maternidade nada. Nova insistência. Passado uns tempos, numa consulta com o médico por estar com gripe ele diz que recebeu a resposta com a indicação de que não seria aceite por ter excesso de peso. Sem me observarem! Com Base na minha ficha médica do hospital associado com dois anos. Reclamei, mas não adiantou. Já quase a deitar a toalha ao chão, falaram-me de um médico privado. Pq não? Mais uma opinião. É certo que eu até então tinha escolhido criteriosamente as ginecologistas mulheres. Fomos à consulta e foi uma lufada de ar fresco. Tínhamos uma pessoa especialista que nos deu esperança. E depois de vários exames (novamente) e de estar tudo bem, começamos os treinos programados. Uma vez e outra e outra e nada. Mais um exame, desta vez com um nome estranho para ver as trompas. Resultado: uma trompa obstruída e a outra duvidosa. Provavelmente aí estava o problema. Inseminação. Acabamos por não fazer, com as trompas como estavam poderia não resultar. Fertilização In vitro. Medicação, mais medicação, nada barata. Recolha de espermatozóides e de óvulos. Recolheram 21, sobreviveram 14, mas fecundados e bons sobraram 4. 1a Fiv a 30/12. Coincidência estava com uma gripe daquelas. julgo que não deveria ter feito a transferência, mas estava tudo programado. Passado 2 semanas resultado negativo. Primeiro murro ao tapete. Depois de uns dias em baixo, toca a levantar e começar a pensar em erguer novamente. Ainda tinha dois congelados. Entre noticias de gravidez de terceiros à minha volta e medicação e mais medicação, lá chegamos à 2a tentativa. Fiz a TEC em 30/03. Desta vez é que era. Eu sentia que tudo tinha corrido bem, o útero estava bom (disse o médico), não fiz esforços, medicação ok, relaxada o mais possível... Tinha tudo para dar certo. Dia 13/04, dia de fazer as análises beta. Resultado: negativo. Novamente um murro que nos levou ao tapete. Este foi mais forte que o anterior. Ficamos quase KO. A seguir foi Páscoa e hoje (18/04) vou ter com o médico para falarmos. Não sei o que ele vai dizer. Vai ser complicado um novo tratamento a nível monetário. E ainda nos estamos a levantar desta porrada. Foi mt forte. À que ter fé e esperança. Quero acreditar.
Espero que o meu testemunho ajude alguém a sentir que não está só, como outros testemunhos já me ajudaram a mim. Beijinhos.
↧
O meu testemunho
↧