Bom dia a todas!
Não sei se alguém me pode ajudar a perceber uma coisa, mas não custa perguntar:
Eu e o meu marido estamos a tentar dar um irm@o à nossa menina de 3 anos. O nosso diagnóstico piorou desde que ela nasceu (ela também foi por ICSI). Eu tenho a FSH mesmo muito mais elevada (tenho baixa reserva ovárica e valores tipo pre menopausa apesar de ter 37 anos) e o espermograma do meu marido (que tem teratozoospermia 1%) está também pior. Ou seja, já sabemos que é um tiro no escuro. Mas como ainda tínhamos direito a 2 tratamentos no publico (ja fizemos alguns no privado e as economias secaram), lá nos inscrevemos. Estávamos desde o ano passado á espera, quando finalmente nos chamaram para ICSI o mês passado. Deram-me dosagem máxima permitida, tive 2 óvulos quando achavam que poderia nem ter nenhum (quando foi da minha menina tive 3, a diferença não foi assim tanta), mas eles nao apresentaram qualidade para ICSI, e foi tudo cancelado. Ontem fomos chamados a consulta e a médica refere que não se sente confortável em tomar uma decisão sozinha. Vai-se reunir em Conselho e decidir se vale a pena fazermos mais tratamentos ou não. Ora, ainda estou a digerir isto. Principalmente porque não sei o que isso implica. Se decidirem em reunião (reunião essa em que não temos qualquer voz pois nao estaremos presentes) que não vale a pena, perco os 2 ciclos que ainda tenho direito? Alguém sabe?
Porque dizem que temos direito a 3 tratamentos quando de repente nos fecham a porta?
Eu sei que temos de dar prioridade a quem não tem filhos. Óbvio. Mas estou disposta a aguardar o que for preciso. Dou a prioridade toda.
A certa altura da reunião, perguntei: "dra mas e ovodoação, nem é opção?" Ela ficou um pouco á nora: ""Err... se decidirmos em Conselho que é para tentar mais uma vez, é uma opção mas sinceramente as listas de espera são de 2 anos e meio e vocês já têm uma menina por isso acho que não é um caso para ir para a lista de espera". Fechou a porta. Ora, daqui a 2 anos e meio eu ainda estou na idade de usufruir de tratamento. Basta fazer as contas.
No tratamento em que engravidei da minha filha tive apenas 3 ovulos e um deles era ela. Ninguem sabe se num proximo tratamento acontece o mesmo ou não. Impossível não é. Até porque nós já conseguimos engravidar naturalmente há 2 anos atrás! E a propria diretora me disse que às vezes basta apenas mudar a medicação dos tratamentos, que os ovulos já reagem melhor.
Não consigo perceber o que implica esta Reunião de Conselho. Alguem já passou por algo identico?
Desculpem o desabafo.
Obrigada!
beijinhos
teratozoospermia1%+baixa reserva ovarica
IIU 10/2013 (neg) Fiv 11/2013 (neg)
ICSI 04/2014 POSITIVO! Nasceu em 2015!
Gravidez natural 2016. Aborto espontâneo 7 semanas
ICSI 08/2018 (canc. pós punção)
Autora do livro sobre infertilidade: "Filho, palavra impossível", editora Arcádia.